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FRATURA DO RÁDIO DISTAL

17/04/2020
O rádio distal é a extremidade distal do maior osso do antebraço, sua principal função é articular com ossos do carpo (ossos do punho) e formar a articulação radiocarpal(responsável pelos principais movimentos do punho).
A fratura mais comum é chamada de fratura de Colles, como referência ao cirurgião que descreveu a lesão. Podem ser divididas da seguinte forma:
 
Fratura intra-articular: Fraturas que se estendem à articulação do punho. ("Articular" refere-se a "articulação".)
Fratura extra-articular: Fraturas que não se estendem à articulação são chamadas de fraturas extra-articulares.
Fratura aberta: Quando um osso fraturado rompe a pele, a fratura é chamada de fratura exposta. Esses tipos de fraturas precisam de atenção médica imediata por causa do risco de infecção.
Fratura cominutiva: Quando um osso é quebrado em mais de dois pedaços, a fratura é chamada de fratura cominutiva.
 
 
 
A classificação das fraturas é muito importante para orientar o tratamento e possíveis sequelas inerentes a gravidade da mesma.
 
 
 
Causas
 
As fraturas estão associadas a trauma do punho, podem ser traumas de baixa energia (queda ao solo com o apoio das mãos) ou alta energia (acidentes automobilísticos, quedas de altura e etc). A osteoporose pode ser um importante fator de risco para as fraturas do radio distal.
 
Avaliação Médica
 
Os sintomas imediatos da fratura do punho podem ser: dor, deformidade, inchaço, limitação para o movimento, alterações de sensibilidade e piora da dor ao abaixar a mão. Na presença dos sintomas um serviço de urgência com ortopedista de plantão deve ser buscado para uma avaliação adequada e diagnóstico.
 
 
 
Tratamento
 
Toda fratura é considerada uma urgência ortopédica, podendo ou não necessitar de tratamento cirúrgico imediato, a depender de vários fatores.
 
- Conservador (não necessitando de intervenção cirúrgica):
Fraturas que apresentem desvio pequeno entres os fragmentos e obedeçam aos critérios de estabilidade (consulte um cirurgião da mão para uma avaliação detalhada).
 
- Cirúrgico:
Fraturas expostas, fraturas com desvio entre os fragmentos e que apresentem critérios de instabilidade com grande probabilidade de desvio, paciente com necessidade de retorno precoce a suas funções e etc.. Durante o tratamento cirúrgico temos algumas opções para fixar a fratura: placa e parafusos (mais utilizada), fixador externo, fios de kirschner, hastes intramedulares e etc. O tipo de implante será definido conforme a característica da fratura e preferência do cirurgião. 
 
 
Recuperação
 
Quando optamos pelo tratamento com imobilização gessada a mesma deve ser mantida por 6 semanas, após este período iniciamos o processo de reabilitação com Terapia Ocupacional ou Fisioterapia. Já no caso do tratamento cirúrgico, iniciamos a reabilitação mais precoce, proporcionando menos rigidez das articulações e menos perda de massa muscular.
O período de recuperação varia muito conforme o tipo de fratura, opção de tratamento, demanda e dedicação do paciente ao tratamento, gravidade da lesão e etc. Como regra geral após 12 semanas da fratura o paciente já pode retornar para atividades físicas sem impacto para o punho (caminhada, natação, hidroginástica) e após 3 a 6 meses, atividades com possível impacto como: futebol, vôlei, jogar tênis e etc.
Ao final do tratamento algumas limitações ao movimento são esperadas e possíveis dores crônicas por até 2 anos. Consulte um cirurgião da mão para mais informações e uma avaliação adequada do seu caso.